domingo, 4 de abril de 2010

Ataque de Oportunidade - Episódio Especial

Esta não estavam à espera! Outro episódio do Ataque de Oportunidade logo no dia a seguir ao último?

Oiçam para saber tudo o que causou este episódio especial e não percam o final onde o Tá Quinas faz a sua “evil ascention to power” acompanhado, como não podia deixar de ser, por um coro a cantar em latim…

O Tá Quinas num tom mais dark…


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9 comentários:

  1. Ganda episódio! A conversa foi boa e suscitou vários tópicos importantes com muito pano para mangas:

    Por várias razões e em diversas circunstâncias ao longo das décadas, D&D sempre foi o porta-estandarte dos RPGs em geral e isto deve ser tido em conta quando se fala no crescimento do nosso hobby favorito.

    No abreojogo.com, os boardgamers e os roleplayers até têem um comportamento bastante semelhante. Entre os membros mais activos, ninguém costuma ter só o seu "RPG de eleição" e muito menos fica a fazer contas à popularidade relativa de cada jogo - se fizessem, só jogavam D&D. A malta quer é que se jogue RPG, seja ele qual for (uma atitude que também se vê nos boardgames ou wargames).

    Não sei até que ponto a Devir tem algum exclusivo de distribuição para o D&D em Portugal, mas é verdade que eles têem as traduções em brasileiro e practicamente não as trazem para cá, não sei porquê.

    Organizar todo o tipo de eventos de RPG é essencial e, em particular, queria destacar a importância de começarem a haver encontros regulares (semanais ou mensais) abertos a qualquer pessoa que queira aparecer. Já tentamos fazer isso mais do que uma vez aqui no Porto e, enfim, estamos a conseguir.

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  2. Bem, se a sorte do RPG em Portugal depender de episódios como este então parece-me que há forte possibilidades de ele estar de boa saúde nos próximos tempos! :)

    Foi um podcast subjectivo claro mas moderado, reactivo mas não reaccionário, que informou bem acerca das vossas posições face a essa "velha", "velha" questão.

    O pessoal que comenta no Abre o Jogo são uns "carolas" nada representativos da população roleplayer em Portugal. São apenas aqueles que têm o suficiente de "verbosidade, disfuncionalismo e egocentrismo internético" para fazerem-se ler activamente e frequentemente no fórum (e vocês no Taquinas têm um blog e um podcast portanto vejam lá o que a minha afirmação polémica pode querer dizer do vosso grupo, eh eh). A maioria dos RPGers nunca postaram no AoJ ou nem sequer o conhecem nem sentem necessidade em o fazer. Acredito que a maioria deles era capaz de aparecer num evento mais rapidamente do que marcar presença num portal on-line.

    E isso não é um grande problema pois o mundo precisa de pessoal que gosta de escrever, falar e jogar de RPG quer seja fora ou dentro dos "intertubos".

    E já agora, se os grupos de pessoas ou indivíduos que deveriam ter um maior interesse comercial não fazem por desenvolver e organizar iniciativas que promovam o RPG porque não fazê-los à mesma por nós próprios?

    Será que é preciso outras razões além de ir simplesmente celebrar um hobby do que se gosta usufruindo dele num evento público? São mesmo preciso brindes ou reconhecimento oficial? Uma pancadinha nas costas dos designers ou editores?

    Talvez não sejam assim tão essenciais apesar de serem apelativos, claro. E seriam um factor mais crítico se houvesse muita competição por parte de outros eventos... que não existem. E sim!, não se pode ser muito exigente em eventos gratuitos.

    Claro que é preciso alguma massa crítica para se fazer alguma coisa e tudo depende da vontade e disponibilidade de cada um. Eu bem gostava de apoiar o hobby a nível local (e sim já tentei) mas é muito difícil. Contudo sempre que puder dou um salto e publicito as iniciativas de que tenho conhecimento e aí admito que a internet é o grande (quase único) meio da sua divulgação. O que tem vantagens e desvantagens dado o anonimato "extremista" que proporciona.

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  3. Algum dia isto tinha de ser feito! Isto é um "call to arms" necessário para promover o nosso passatempo -- não que com isto se tenha feito algum tipo de revolução, até porque as "grandes lojas" estão lá na mesma, a praticar os seus preços -- mas o nosso intuito aqui é espalhar a palavra para que o movimento tenha início.

    Rick, desculpa discordar de ti mas eu, na minha opinião -- e acredita que muitos estão de acordo (leia-se, todos aqui no blog) --, acho que o Povo dos Boardgames é bem mais unido do que o do RPG. Neste aspecto dou-te um exemplo: imagina que queres organizar uma convenção de RPGs; chegas a um sítio qualquer (podemos usar o Abre o Jogo que encaixa perfeitamente no que eu quero exemplificar) e propões que jogos é que queres trazer/jogar; dou-te garantias absolutas de que vai aparecer alguém cujo RPG favorito não foi mencionado e vai começar a desbaratar e a cortar na casaca dos restantes "sistemas". Tu nos boardgames não tens isso. Surge alguém que refere que vai levar e/ou jogar boardgame X, Y ou Z, e o Povo que não quer diz que vai levar o X1, Y1 ou Z1, isto sem desdenhar ou enxovalhar os jogos referidos por outros. Voltamos sempre à questão do "oh mãe, o Manel tem um pónei melhor do que o meu e eu não gosto disso"!

    A tua sugestão de encontros semanais ou mensais envolve uma mão-de-obra um pouco vasta -- não vai estar sempre o mesmo "macaco" a ensinar e a mostrar cenas novas ao Povo. Digo-te isto porque imagina que algumas pessoas se interessam de facto pelo sistema que estás a apresentar; essas pessoas quererão jogar, logo, tens de arranjar um grupo para elas, de preferência com experiência no dito sistema porque senão as coisas vão-se tornar -- parafraseando o poeta -- "really old, really fast". Mais uma vez, é tudo muito bonito mas é necessário que o pessoal se mostre unido e que esteja disposto a "entrar na onda"...

    Mariano, infelizmente já tivemos "incidentes" com o merchandise e houve mesmo quem tivesse "mandado papaias" por não haver miniaturas que chegassem para todos! Curiosamente neste evento não existiram problemas destes. Não estou a dizer que é necessário dar "presentes" para chamar a atenção mas digo-te por experiência que, infelizmente, é assim que funciona (já ouvi pessoas a dizer que "o giro dos Game Days é receber as miniaturas. É por isso que o pessoal vem").

    Quanto à internet ser o único meio de propaganda... não concordo a 100%. Nós, pelo menos nos primeiros Game Days, fizemos cartazes e andámos a coloca-los em cafés e ao pé de lojas para atrair pessoal, e eu tenho espalhado a palavra pela minha faculdade. É óbvio que não ando sempre em cima das pessoas mas quando noto que há interesse forço um bocadinho e há quem se revele fanático ou que quer ver como é…

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  4. @Tanuki:
    "Rick, desculpa discordar de ti mas eu, na minha opinião -- e acredita que muitos estão de acordo (leia-se, todos aqui no blog) --, acho que o Povo dos Boardgames é bem mais unido do que o do RPG."

    Por aí, concordo até certo ponto. "Acho que o Povo dos Boardgames é bem mais" em tudo, ou seja, são mesmo muitos mais, jogam mais jogos, compram mais material, fazem mais eventos, etc. Isto acontece porque não existe só o Povo do Time's Up, o Povo do Descent, o Povo do Ticket to Ride, o Povo do BSG e por aí fora. Existe também o Povo dos Boardgames e até são bastantes.

    Como os roleplayers ainda são poucos, temos também algo como o Povo do D&D, o Povo do Vampire, o Povo do Call of Cthulhu, o Povo do Warhammer e por aí fora, mas ainda não temos gente suficiente para podermos falar propriamente do Povo do RPG. Os poucos que eu conheço são membros activos no AbreoJogo e, apesar de ás vezes parecer que não nos entendemos, temos sempre tentado manter a chama acessa e fazer as coisas acontecerem.


    ainda @Tanuki:
    "A tua sugestão de encontros semanais ou mensais envolve uma mão-de-obra um pouco vasta"

    Bom, é uma questão de começar uma campanha com os amigos que contemple a possibilidade de alguém aparecer de surpresa numa sessão e poder jogar (talvez com personagens pré-feitas?). De resto, é só uma questão de jogar regularmente num local público. Se aparecer alguém, fixe. Se não aparecer, joga-se normalmente. Se começar a aparecer muita gente (óptimo!), abrem-se duas mesas ou mais com campanhas relacionadas.

    Só coloco esta questão: se alguém vai começar uma campanha regular, será possível fazer algumas adaptações para ela estar aberta ao público? Eu tentei fazer isso com a minha primeira campanha de D&D 4E há dois anos e agora o Raul (wulfgars) e o Bruno estão a fazer o mesmo aqui no Porto.

    Este primeiro passo até é fácil, pois há quase sempre gente que quer jogar (nem que seja só de vez em quando). O difícil é fazer aparecer mais mestres-jogo, que são essenciais para que o hobby cresça.

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  5. Vamos por partes então:

    Dizes que há mais pessoas a jogar boardgames do que RPGs... provavelmente tens razão, até porque há uma maior variedade de jogos/tipos de boardgame à escolha; no entanto existem grupos como o de Braga, a malta do Paper Dragon (que eu aproveito para mandar um abraço), entre outros, dos quais desconhecemos existência, que não põem os pés no Abre o Jogo -- por não gostarem do ambiente hostil proporcionado por alguns dos seus membros --, impossibilitando uma unidade coesa ou uma discussão CIVILIZADA...

    Onde eu quero chegar é: o Povo dos RPGs chega para o Povo dos boardgames à vontade! As pessoas têm é de se dar a conhecer ao mundo (Portugal) -- daí nós pedirmos uma frente unida desprovida de estandartes -- porque, existir pessoas interessadas em jogar, existem; não existe é espaços, sintonia em relação a horários e, como eu já afirmei na minha resposta anterior, mão-de-obra (ou como tu dizes GMs) suficientes para albergar tanta gente. É sempre preciso pessoal com experiência -- seja a conduzir sessões, seja a jogar -- porque senão as pessoas perdem o interesse.

    Se leres as coisas com atenção verás que tudo isto está na minha resposta anterior...

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  6. Bem,eu acho que o boardgamers são mais eficazes que os roleplayers porque o próprio objecto do hobby é mais concreto e casual do que nos RPGs.

    Por outro lado havendo mais gente a jogar jogos de tabuleiro (e há realmente, basta ver o impacto que ainda hoje têm os jogos clássicos de tabuleiro como o Monopólio e afins na ocupação dos tempos livres das pessoas) existe mais gente com capacidade e contactos para organizar eventos com mais adesão e sucesso.

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  7. @Tanuki:
    "Onde eu quero chegar é: o Povo dos RPGs chega para o Povo dos boardgames à vontade! As pessoas têm é de se dar a conhecer ao mundo (Portugal)"

    Aproveitando então para também expandir um pouco o que eu disse, um dos problemas é que, antes de haver o Povo dos RPGs, há, por exemplo, o Povo do Shadowrun ou do Legend of the Five Rings - mas, antes de haver sequer isso, há o Povo que só joga se for Fulano a mestrar ou o Povo que só aparece se Beltrano e companhia lá estiverem, ou seja, pessoas que só querem jogar aquele RPG em específico com aquelas pessoas em específico.

    Em certos casos, estamos a falar do tipo de pessoas que, por exemplo, ainda jogam a mesma campanha de AD&D desde 1985 sempre com o mesmo mestre-jogo e as mesmas personagens e que nunca vão pôr os pés num Game Day ou em qualquer evento de RPGs. Muitas delas já têem a sua própria maneira de jogar, as suas próprias regras e as suas convicções que só assim é que se sentem confortáveis a roleplayar (ganda verbo!), não querendo se expôr a mais ninguém.

    Por isso é que eu sugiro abrir as nossas campanhas ao público, se isso for possível, de forma a fomentar um convívio mais alargado entre toda a gente que gosta de RPGs e uma visão menos fechada e isolada dos vários grupos que se encontram dispersos neste momento.

    Aquilo a que chamas "ambiente hostil" eu diria que é o que acontece quando as pessoas começam a cruzar ideias, a confrontar maneiras diferentes de jogar e a discutir diversos gostos por RPGs. Se cada um se agarrase ao seu "RPG de eleição", ficasse numa de "o meu é melhor que o teu" e esperneasse de inveja porque um outro RPG tem mais fãs que "o seu RPG", teríamos um problema - mas, como isso não acontece, o AbreoJogo continua a servir os propósitos de qualquer roleplayer que o queira usar. Não é um site reservado a autores e colaboradores. É um espaço construído pelos seus próprios utilizadores - inclusivé por aqueles que optam por não contribuir com nada - com todas as virtudes e defeitos que isso implica.

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  8. Certo, concordo, mas é esse tipo de mentalidades que têm de mudar. Se o povo da Velha Guarda se quiser manter no seu canto em paz e sossego, cabe-nos a nós, "Children of Tomorrow", levar o RPG para a frente!

    E tinha aqui espaço para fazer um discurso moralizante mas não me apetece chegar aquela parte em que é suposto dizer "This is Sparta!" e dizer algo que me possa vir a arrepender... :D (in your face James Cameron!!)

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  9. Talvez seja tempo de haver uma alternativa ao Abre o Jogo no que diz respeito a sites portugueses sobre RPG. Não se chegam à frente, não? :)

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