Em Santa Maria da Feira existe uma feira medieval efectuada todos os anos, durante 10 dias aproximadamente. O mundo medieval, como é sabido, é pejado de lendas e mitos, coisas da fantasia e da imaginação. É o caso dos elfos e de outros seres mitológicos e da fantasia. Lançados para a notoriedade por Tolkien, nos seus livros, os elfos passaram a ser vistos como seres fantásticos e com poderes, e depois disso a serem usados em diversos ramos artísticos e culturais, tal como o cinema, livros, jogos, imagens, banda desenhada, etc. Também é esse o caso do D&D.
Para quem joga sabe que existem varias classes de personagens, uma das quais a que é peremptória neste caso, o Bardo. O Bardo é um cantor mágico, que utiliza as suas capacidades como cantor para fascinar os outros e para trazer alegria, usando o poder mágico inerente da sua música. Não contando com os seus poderes de mago, é isto basicamente um bardo. Um ser fascinante, músico, criador e contador de histórias, bobo, louco, dançarino e teatral.
Na vida real, historicamente, estes homens contadores de histórias existiram decerto, noutras épocas históricas, como no caso dos vatos vikings ou dos bardos franceses e italianos. Existiam em todo o lado na verdade, povoando toda a Europa. Encontrados também noutros locais, como África e Ásia, os contadores de histórias, músicos e bobos, que fascinavam as pessoas com sua sabedoria, preservavam a história pelas estórias que contavam, animavam todos pelas canções que cantavam e existiam em campo de batalha, onde animavam as tropas, dando moral e força. Hoje existem outros, mais massificados, músicos e bobos, contadores de histórias, que fascinam o povo. Mas também existem uma forma de bardos antigos, os saltimbancos que andam de feira medieval, de um lado para o outro, cantando e animando, vestidos a rigor e embrenhados numa personagem que passam a ser um pouco, mesmo quando saem dela. É este o ser bardo moderno.
Estive com um grupo deles na feira medieval que acima referi. Eram amistosos e cantavam e animavam as pessoas, vestidos com suas roupas de fantasia e com suas orelhas postiças de elfo. Tocavam cada um seu instrumento e contavam histórias nas suas músicas, sempre com momentos de comédia entre as mesmas e no início e o fim de cada apresentação. Não pediam dinheiro, mas da maneira que deixavam as pessoas fascinadas, se o pedissem o receberiam com toda a certeza. A simpatia das pessoas, essa era deles, que rapidamente confiavam nos mesmos.
Falei com eles fora das personagens e notava-se a diferença, mas a personagem estava lá, porque o carisma não se treina, nasce-se com ele e coloca-se em prática, uns de uma maneira, outros de outra. Estes usavam-na bem. E tinham um pouco de si na personagem e da personagem em si.
O bardo existe ainda, no mundo moderno, na forma de homens e mulheres que dão a sua vida a recriarem outros tempos e mundos imaginários mas que gostaríamos que fossem verdadeiros.
É este o bardo moderno.
Texto escrito por: Danny Rangel
Gostei muito de ler este contributo do Danny para o blog. Espero que seja o primeiro de muitos! É uma forma que pensa «fora da caixa» (em português esta expressão não fica tão bem)mas que acaba por falar de uma das classes mais interessantes de Dungeons. No que diz repeito ás feiras medievais vou destacar também a de Óbidos que fica na minha região e que é também muito popular.
ResponderEliminarEstou curioso para ver o teu contributo para o Gme Day seja com ideias para o evento seja como DM (nunca são demais).Convido outros leitores a fazer o mesmo!
n entendi a ultima frase darth, desculpa. estas curioso para ver o meu contributo para o games day seja com ideias para o evento seja como DM. ?
ResponderEliminarYep, refiro-me ao que disseste na shoutbox.Referia-me á tua propsta de premios para o game day (as tais ideias para o evento que falei) e o contributo como DM (falaste na shoutbox que qurias ser DM em Agosto. Contamos contigo?).
ResponderEliminarCumps
contam sim, e com a minha party de 5 em principio.já enviei o mail sobre a proposta.
ResponderEliminar